A energia solar trouxe muitas vantagens para uma grande parcela da população, mas muitos acreditam não poder usufruir dela por indisponibilidade de espaço para instalação. O autoconsumo remoto é uma forma de viabilizar a utilização da energia solar, com algumas vantagens interessantes.
Muitos consumidores se questionam se é possível gerar energia solar em um local e compensar na conta de luz de outro lugar. Por exemplo: gerar energia na fazenda ou na casa de praia e aproveitar os créditos em seu apartamento, ou gerar energia na empresa e usar o excedente em casa e vice-versa.
Uma outra pergunta que frequentemente aparece é sobre a possibilidade de reunir amigos e familiares para o sistema de energia solar, instalando apenas um sistema que beneficie a todos.
Se você tem alguma dessas dúvidas, prossiga lendo e fique por dentro do assunto.
Autoconsumo remoto – o que é?
Autoconsumo remoto é a possibilidade de que o consumidor consiga instalar seu sistema de geração solar em um local distinto de onde é feito o consumo, desde que os dois locais estejam na área de concessão da mesma distribuidora e sob a mesma titularidade.
Possibilitado pela Resolução Normativa 687 da ANEEL, essa é uma das modalidades da Geração Compartilhada, que permite o compartilhamento de créditos de energia em dois imóveis distintos.
O autoconsumo remoto permite ao usuário instalar seu próprio sistema de energia solar num imóvel ou terreno, e utilizar os créditos de energia em outro – o que facilita a geração de energia solar em locais alugados ou em imóveis cuja instalação se torna inviável.
Esse é um grande avanço para os consumidores, que podem fazer uso da energia solar nas modalidades de micro e minigeração distribuída por meio de fontes renováveis que oferecem amplos benefícios ao meio ambiente, reduzindo a conta de luz em até 95%.
O autoconsumo remoto é uma das 3 modalidades de geração compartilhada para Pessoa Física que possua dois ou mais imóveis. Dando a possibilidade de a pessoa tornar-se micro ou minigerador de energia distribuída, compartilhando o crédito de energia em ambos locais.
Falaremos sobre essas 3 modalidades no próximo tópico.
Modalidades de geração compartilhada
Elas são três:
- Autoconsumo remoto
- Geração compartilhada
- Geração em condomínios
Como diferenciá-las? Essa é uma dúvida bem comum quando se aborda o assunto, por isso veja as peculiaridades de cada uma delas:
Autoconsumo remoto
Configura-se a partir do compartilhamento do excedente de energia entre unidades consumidoras de localidades diferentes, mas sob o mesmo CPF ou CNPJ e sob encargo da mesma geradora.
Isso oferece a possibilidade de que pessoas físicas ou jurídicas – que possuem mais de uma empresa ou residência dentro de uma determinada área permitida – possam instalar placas solares num único imóvel e forneçam energia para outros.
Geração compartilhada
Essa alternativa possibilita a liberação da instalação de microgeradores de até 75 kW ou minigeradores de 75 kW até 5.000kW com um investimento projetado por Pessoa Física – CPF, ou na modalidade de consórcios – CNPJ ou Pessoa Jurídica.
Vale ressaltar que, para caracterizar-se geração compartilhada, o sistema de energia solar deve estar instalado num local diferente dos imóveis consumidores dos créditos solares.
Geração em condomínios
A geração em condomínios tem sua operação conduzida da seguinte maneira: os moradores de um determinado condomínio realizam o acordo de instalação de um sistema de energia solar fotovoltaica na área comum, de forma que a geração de energia solar assume o uso que o condomínio faria da energia elétrica.
Essa solução é semelhante à geração compartilhada – com uma pequena distinção: nesse caso a energia solar é utilizada de forma individual por várias unidades consumidoras em um mesmo local.
Vantagens de optar pelo Autoconsumo Remoto
Selecionamos algumas vantagens para você ver como é simples gerar energia num lugar e utilizar em outro.
Acúmulo de créditos de energia
A primeira vantagem é que o usuário consegue gerar créditos energéticos para mais de uma unidade, não só na unidade estabelecida, mas em localidades diferentes e, se em determinado período a produção for maior que o consumo em uma unidade, os créditos poderão ser transferidos para outra, desde que esteja sob a mesma titularidade.
Energia Solar em um lugar – mesmo que se use em outro
A energia solar é gerada pela irradiação solar, portanto, lugares com muito sombreamento prejudicam a geração de energia.
Mas com o autoconsumo remoto isso não é problema:
Conta de energia sem surpresas desagradáveis
Gerando sua própria energia por fonte solar, a redução de custos de energia elétrica pode atingir a incrível marca de até 95%, além de gerar os créditos energéticos em caso de excedente.
Isso evita surpresas no valor da conta de energia, já que o custo mensal será fixo e, caso a energia gerada atenda o consumo da sua unidade, você só paga os custos de manutenção da distribuidora – previamente combinados em contrato.
Como funciona o autoconsumo remoto?
Se você ficou interessado e pretende começar a utilizar o autoconsumo remoto, precisa primeiramente ter a mesma titularidade – mesmo CPF ou CNPJ – na conta de energia dos imóveis.
Assim você consegue instalar o sistema fotovoltaico em uma propriedade e compensar os créditos energéticos nas demais.
Porém, não é possível utilizar os mesmos créditos de uma fatura de luz de uma empresa (CNPJ) para a residência cadastrada em seu CPF, pois o autoconsumo remoto é intransferível, o que permite apenas compartilhamento entre as propriedades sob o mesmo CNPJ ou mesmo CPF.
Como é a compensação de créditos no autoconsumo remoto?
Como é obrigatória a aquisição de uma quantidade mínima de energia da rede concessionária, o autoconsumo remoto atua em um sistema de compensação de créditos que são gerados a partir de sistemas fotovoltaicos.
Quando a energia gerada for excedente ao que foi consumida, ela é reservada para utilização em períodos de ausência ou baixa luminosidade, suprindo a demanda em dias chuvosos ou nos períodos noturnos.
O autoconsumo remoto é uma boa alternativa para empresas?
Antes de qualquer coisa, a resposta é: SIM! O autoconsumo remoto é uma alternativa excepcional para empresas.
Considerando a grande demanda de energia das empresas, sejam elas de pequeno, médio ou grande porte, o espaço de telhado torna-se um limitador para a instalação de painéis solares.
Sendo assim, a aquisição ou locação de um espaço distante do endereço da empresa para a instalação dos equipamentos fotovoltaicos passa a ser a solução perfeita.
Outro motivo para empresas adotarem o autoconsumo remoto como modalidade de geração de energia solar é o fator geográfico.
É muito provável que o local da sede de uma empresa não disponha das melhores condições para a geração de energia solar.
Normalmente as empresas estão sediadas em grandes centros, localizadas em edifícios, que fazem sobras uns nos outros, e em cidades que podem não possuir as melhores condições climáticas.
Nesse sentido, é mais inteligente buscar um terreno em local com abundância de radiação solar e com totais condições para a produção de energia solar. Sendo assim, o autoconsumo remoto se torna essencial para adoção da energia solar como a fonte energética de uma empresa.
Leia também: Conheça as modalidades de financiamento de energia solar e o passo a passo para aprovação
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